sábado, 7 de maio de 2011

Naquela Noite

Lá estava ela, perfeita em suas curvas. Seu corpo suava lentamente, era possível acompanhar as gotas escorrem por toda a sua extensão, sua silhueta. Eu suava também, calor da porra, calor do momento. Segurei-a firme, a tomei pela boca, e logo ela escorria pelos meus lábios, descendo pelo meu peito, suavemente, até alcançar minhas partes mais íntimas. Que delícia. Eu a consumia, ela me consumia, troca justa. Uma nova pausa, e eu me reservo a contemplá-la. Um sorriso de canto de boca. Ela estava perfeita. Talvez ela fosse perfeita, mas dizer isso seria hipocrisia. Conheci algumas outras por ai, umas maiores, outras menores, mais curvas, menos curvas, mais doces e gentis, mais amargas e mais diretas. Algumas te exigem uma condição financeira mais avantajada, outras não ligam pra isso. Nenhuma vantagem, nenhuma desvantagem. Hipocrisia também seria dizer que são todas iguais, uma injustiça melhor dizendo. Mas ao longo dos anos, percebi que é uma tolice procurar “a mais isso, a mais aquilo”, quero dizer, você realmente precisa de tanto pra ficar satisfeito? Não meu amigo. Todas têm o mesmo poder, ora te jogam pra cima, no cume da montanha da felicidade, e a vida parece boa, ora te jogam no chão, te pisam, como lixo. Elas são assim mesmo, e nós precisamos delas. Bem talvez não. Alguns não precisam ou não as querem, mas quem se importa. Eu preciso, eu a quero, eu a desejo. Me volto a ela, a luz fraca ilumina suas curvas cada vez mais suadas. Consumimos-nos novamente, e novamente, e novamente e de repente tudo se acaba num clímax de prazer e satisfação, deixando aquela sensação de “quero mais”. Eu a contemplo mais uma vez. Que viajem! “Que viajem” eu repito. Eu devia era procurar uma mulher e largar esta garrafa de cerveja.


(Publicado originalmente em minha página no Facebook sob o título "Ela".)

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